sábado, 28 de fevereiro de 2015

Bizarra Pedra Rosa



Folhas belas na mente dela, água que cai como capim crisântemos. Roxas, rosas e turquesas borboletas. Vento e ventania, coisa frouxa como poesia roxa. Falar, falar, falar e não dizer porra nenhuma. Não dizer caralho algum, só desenhar. Desenhos de lânguidas e finas flechas serpenteando sem rumo pelo ar. Mosquitos vistos de tão perto que parecem helicópteros. Sons, barulhos constantes. O silêncio não existe. Aqui na Terra o silêncio não existe. A água que cai pelo meu corpo cai e me molha, só. Mas eu choro, em cima da bizarra pedra rosa sinto algo estranho, parece choro, mas não sai. Fica preso borbulhando entre o umbigo e o diafragma.



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