O
mar urge e ruge por nada.
No
ermo, naquilo que existe há tanto tempo e só poucos conhecem. Suas tremendas
ondas batem de forma sincopada e agressiva sobre um conglomerado de pedras
pontiagudas. Me pergunto se é um privilégio meu estar assistindo a esse ao
mesmo tempo assustador e grandioso espetáculo ou é privilégio do mar ter um tão
admirado e atendo espectador. O sentimento de pular é grande, essas águas tem
uma inebriante e hipnótica cor. Porém quando a maré puxa as ondas (na metade do
espetáculo comandado pelo infinito horizonte), descortina-se um fundo rochoso e
lacerante, acabando de vez com a hipnose do mergulho.
As
vezes parece haver uma aquietação marítima, uma suposta armadilha para convidar
os incautos, pois é de imediato que a longínqua linha sem fim ordena o
surgimento de imensas ondas prontas para tragar o que estiver pela frente.
Seria o mar agente? Seria passivo? Teria noção de quão belo é? De seu poder e
de sua magnitude de encantar e seduzir, de dar e tirar vida? De sua democrática
falta de escolha com suas vítimas? Ou seria um mero instrumento? De que? Para
que? Besteira...
Besteira
de cú é rola! Já diria um jovem posto à pedra. Sem ao menos entender o que esta
expressão significa, ele gosta de exclamá-la a plenos pulmões. Num sentimento
libertador de raiva e alegria. Cá está, 18 anos na cara, e no joelho. No ombro
não, o ombro parece ter 21, hahaha... Caozada na feeeenda mané!! Vários xosé
locos com os spyro gyros!
E
acima acabamos de presenciar o interior de uma pobre mende debilitada pelo
contínuo uso de drogas. Coitado, tão jovem e já acometido por insanos delírios
febris. Já já voltamos com mais informações sobre a mente de Joseph
Ducareilhou.
Com
vocês, Bonner.
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