Confuso indivisível, indizível,
inverbalizável
Imensidão completa pelo cheiro de tudo
Cansado por vácuo, lotado por nada
Circuladô de Fulôôô, Caetano meu grande
amor
Um prato cheio de comida pros já mortos
na África
Um tapa na cara bem dado e depois um
abraço, que é pra parar de sofrer, esses jovens de família que não sabem o que
fazer, eu.
Mimado, infantil, porém lúcido buscando
o lúdico
Niilista suicida a caminho da melhora na
auto-percepção
Assim espero, o problema é que espero
sentado, cercado de privilégios (será), covardemente fico triste
Deixe pra lá, se humorize, se humanize,
se aprenda
Se afogue de vez em quando em lágrimas
que não são só tuas
Se deixe levar de costas pro desgosto,
ganhe a gana na raça
Se esconda a céu aberto, se deixe ser
tomado até deixar de existir.
Pra aí sim dizer sim, pra aí sim dizer
não
Fugindo pra me achar, me achando pra
fugir
Preso num ciclo eterno de alegrias
efêmeras porém gravadas no meu âmago em riso e choro, sorriso e gozo. Preso,
preso, preso, na melhor cadeia jamais construída.
Preso até ser transformado em estrela
que faz barulho, em pó, em punho, em palavra, gesto, testemunho daquilo que
ainda não sei, flamejante, contraditório e covarde, mas com potência pra ser
mais, muito mais, mais até morrer.
To boladão, to roxo de bolado, flutuando
de tão gordo quanto um balão quadrado. Mas hei de mudar, hei de... seilá, me
acalmar sempre, de forma intensa sempre, pra sempre valorizar o as vezes..
Basta alguém dentro de mim querer.
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