sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

sumaca, Desfiladeiro.


O mar urge e ruge por nada.
No ermo, naquilo que existe há tanto tempo e só poucos conhecem. Suas tremendas ondas batem de forma sincopada e agressiva sobre um conglomerado de pedras pontiagudas. Me pergunto se é um privilégio meu estar assistindo a esse ao mesmo tempo assustador e grandioso espetáculo ou é privilégio do mar ter um tão admirado e atendo espectador. O sentimento de pular é grande, essas águas tem uma inebriante e hipnótica cor. Porém quando a maré puxa as ondas (na metade do espetáculo comandado pelo infinito horizonte), descortina-se um fundo rochoso e lacerante, acabando de vez com a hipnose do mergulho.
As vezes parece haver uma aquietação marítima, uma suposta armadilha para convidar os incautos, pois é de imediato que a longínqua linha sem fim ordena o surgimento de imensas ondas prontas para tragar o que estiver pela frente. Seria o mar agente? Seria passivo? Teria noção de quão belo é? De seu poder e de sua magnitude de encantar e seduzir, de dar e tirar vida? De sua democrática falta de escolha com suas vítimas? Ou seria um mero instrumento? De que? Para que? Besteira...
Besteira de cú é rola! Já diria um jovem posto à pedra. Sem ao menos entender o que esta expressão significa, ele gosta de exclamá-la a plenos pulmões. Num sentimento libertador de raiva e alegria. Cá está, 18 anos na cara, e no joelho. No ombro não, o ombro parece ter 21, hahaha... Caozada na feeeenda mané!! Vários xosé locos com os spyro gyros!

E acima acabamos de presenciar o interior de uma pobre mende debilitada pelo contínuo uso de drogas. Coitado, tão jovem e já acometido por insanos delírios febris. Já já voltamos com mais informações sobre a mente de Joseph Ducareilhou.

Com vocês, Bonner.



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Óóó! Mas quanto dor... quanta tristeza!


Ai! Que dor no peito! És tu ó traiçoeira tristeza, que junto de rompantes de raiva me fazem jorrar, caudalosos rios de mágoas, rios de lúgubre desesperança! O terror de não te ver nunca mais me corrói o coração...  ó! Quanta indelicadeza permanecer em pé! Lúcido num mundo sem sentido e sem direção... quando você está longe é melhor morrer! Melhor abdicar desta ínfima e lamuriosa existência, melhor deixar estas amargas e corrosivas horas ao léu para os outros, para os felizes ignorantes ignóbeis. Eu me vou! Me vou para nunca mais voltar!



Distrácion


A imagem passa
e o governo fica
O canalha bicha
de Álvares Cabral
Os bandidos ficam
e eu também
Sou du ai disse-me Sócrates.
Te enrolo em serpentina
Cheiro, gôsto de menina
De suas melenas, deixas
Mustunalaringa da fonte
teflon lá da ponte rí
dos raios rhesus
Jesus! Me dê a luz! Já porra.
Quero a salvação prescrita num remédio tarja preta...
Que engraçado a gente usar roupas, coletes e colchetes etc
Não aguento o fardo dado por mí padre e mí madre,
mas aguento, adoro, regojizo e imploro por mais vida
Ai ai ai aaaaaaaaaaaai............
Cadê minha suposta habilidade
de tirar beleza da realidade
do som, da fonética, de tudo de bom que há pra cheirar, sentir, cuspir, beijar.
Isso aqui só são vômitos incongruentes de uma mente latente numa aula da ECO.
Um vazio suspeito aberto no peito...
Mera distração? Dilúvio da razão? Remédio em busca do eterno ser são? hahahahahaha, puta merda... puta madre!
Preenchê-lo devo com o que? Nao sei...
Escrevo