terça-feira, 30 de julho de 2013

Pequena Morte

Toalha tátil
De textura frágil,
Que no gesto brusco
Busca a arte
Do tapa que arde nu.
O prazer que vem
Ao voyeur que tem
Delírios com a libido alheia
Satisfação fugaz
Trazida com a Libélula na ceia.

Em mesa minha
tu se sente
d’Olimpo ao mar profundo
nós dois em conjunto
pedimos, rasgamos
fantasias de risível pranto.
À pele quente tu implora
Acato e te domino
A sua boca, canta e chora
Encaixa, destrata
Segura e promete
Ao olhar pedinte que à cama remete
Testa a sorte
Suspira, morde
E agora
Tomba do alto do espaço
Meu corpo
Enquanto a cor do tom
De seu grito fosco
Confirma que
Da pequena morte
Tu sentiu o gosto.


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