O fluxo de consciência bate, aflora, minha mente divaga de forma
constante e a flora. Que flora é aquela que sobrevive ao esgoto? Que flora é
aquela que sobrevive a podridão humana? Podre?
Quero escrever, mas não sei porque acho que há O jeito de se escrever,
um método, um jeito de se sentar, um lugar pra se pensar, sentado, em pé, no
chão, deitado, a mão, a máquina, de bruços ou de cócoras. Há pouco tempo me vi
deitado com as costas pro alto escrevendo numa tela de lcd, decidi sentar e no
movimento bati meu pé na porta, bati meus dedos, a dor veio. Aquela dor
traumática do mindinho aleijado não me acomete há um tempo, graças a deus. Deus
esse que me fez manco, manco de coragem, manco de persistëncia e disciplina.
Mas me fez brilhar, reluzir na sensibilidade reprimida. Meus textos são sempre
curtos, contos talvez, prosas pequenas falando sobre nada, ou sobre tudo,
melhor dizendo, sobre mim. Há um auto-apego, mas esta característica permanece
somente aos textos. A semelhança com os filmes se baseia nas ideias
esporádicas, nada é realmente planejado, nada é duradouro, ou será que é?
O que quero dizer é que pareço um bebê, olho o mundo, presencio o
presente: de certa forma, talvez, porém. Palavras essas que me fazem jus.
Opiniões contraditórias ou a falta delas. (o chão de alvenaria não escondia as
manchas de sangue de meu pai) Oh as divagações, oh o prazer pela perna, oh as
mulheres, oh os homens , oh as musas. Sempre a auto análise, sempre a auto
crítica, a maioria das vezes nem juízo de valor há, é uma curiosidade
científica minha sobre minhas ações, FLUA, deixe-se fluir, liberte-se da mente
procastinadora, faça agora o que tem que ser feito, mate-o. (acabei de me
assustar e depois ter um certo prazer, e depois rir, fluí, me deixei levar,
apareceu mate-o, medo porque isso saiu de mim, matar a quem? porque? Prazer por
descobrir como meu incosciente é perverso, depravado, instigante,
estelionatário, lindo, mundano e místico, riso pois acabou de haver o que falei
pouco antes, como sempre me auto analiso, bastou uma palavra fora do contexto
para 6 linhas e contando sobre meta-cognição, isso é Tomas)
Abóboda que cai reta me salva da neve que penetra em poros capilare no
anus da moça que veste púrpura rosa e anil aos verões, sutil é como deve-se
aproximar de uma dama , sutil é como se morde uma banana, sutil é o som da
espingarda, sutil é a queda do pássaro morto, pássaro morto, pássaro posto na
mesa requintada de quintal na alsácia lorena alemã, numa viagem ao tempo do
reich perseguido me vejo nu em campos de guerra sendo alvejado e não sentindo,
me vejo moribundo numa maca sendo atendido por uma conselheira fantasma com
máscara de gás entalada na garganta que pulsa por gritar e grito e sou louco
estoy no manicomio, estou no manicomio ONDE QUERIA ESTAR! encontro meus amigos
depravados e bebados, mas quero a sobriedade de uma famíli ajustada, quero ser
o mais diferente ao ser tão normal como minha gente, feliz feliz, voo, quero
voar por aí de forma de forma deforma, deformalmentementenomomentoalgume me
chama pelo nome pedro, esse não sou eu! respondo pooorra, esse não sou eu.
Virá um dia uma ideia a longo prazo? Uma história quem sabe? Personagens
e enredos? Cenários e desesperos? Sim, virá, sei porque peço, peço ao meu
glorioso inconsciente que acesso quando quero, ou não quero.
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