Morte, isso me intriga muito. Se morremos, porque vivemos? Tentando
escapar desse clichê divago, divago e divago e tenho prazer em divagar, uma
alegria exultante me percorre quando não acho resposta resposta alguma, porque
achar alguma resposta? E uma curiosidade me domina, vou ser franco, eu não
espero a hora de morrer, mas meu pensamento é o oposto do suicida, não é uma
coisa mórbida, não aprecio a morte, simplesmente tenho um comichão, um aperto
dentro do peito, uma ansiedade aguda quando penso sobre a morte, quero
descobri-la, ler suas entrelinhas, mas será que isso é possível? Será que na
hora da morte somente vou me decepcionar, ou será algo de tamanha magnitude que
nós meros nadas nem podemos no nosso infinito pensamento imaginar algo próximo
a isso?
A morte me faz pensar ainda mais sobre o Ser, vivemos oitenta anos,
oitenta anos! Olhe o Homo Sapiens! Olhe a Terra! Olhe o Sol! Olhe o Universo!
Meu deus, nos compare! Não há comparação! Então o que significa a Vida se é tão
passageira? O que importa em que eu vou trabalhar!? O que importa a porra do
tênis que eu vou comprar!? O que importa o filme que eu vou alugar?! O que
importa em quem eu vou votar?! O que importa se o fluminense ganhou?! O
que importa o que Platão disse?! O que significa viver?! O que importa quem
você é? O que você é? Nós somos tão, tão ínfimos, mas ao mesmo tempo nos
achamos tão, tão grandes.
É engraçado o grandioso apreço que todos dão à vida, a vida é o bem mais
precioso de todos no mundo inteiro, a vida representa tudo, sua pessoa, sua
alma, o presente dado por Deus. Mas quando estão tentando dormir não pestanejam
em matar com um seco tapa o pernilongo que o incomodava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário