Poluição
Falta de Nexo
Ar Puro e Pleno
Sinto falta de Sexo
Grita aqui fora
A Multidão
Vilões de outrora
Pés sujos no chão
Menina na rua
Com filho choroso
Mulher velha e crua
Nunca teve um gozo
Nós vamos cobrar
Moradia e Comida
Cansei de esperar
Outro nível de vida
Esqueça o Estado
Tu é um otário
Se torne autônomo
Não vire de lado
sempre ao escrever
e terminar
me sinto mais leve
perto de voar
Créc.
venha pra cá
me conte besteiras
fale-me o quê
você comprou na feira
alho, alecrim
tomate, cerveja
só quero escutar
sua voz de manteiga
No tempo eterno
Nu ao novo tempo
Terno, tenro, gentil
Grato sempre aos desígnios de abril
Pelado e posto
De prontidão ao novo rosto
Exclusivo à inclusão do novo bicho
Humano, pronto para a aptidão
No entanto há validade
Ao prazo de gravidade
Eis nossa tragicômica missão:
Escrever, escrever e escrever
Para sentir a solidão
Viver, viver e viver
Para não morrer em vão.
Tempo Eterno
Tempo Infinito
Tempo Presente